Roubo a você
Roubo a você... Tempo não se faz, não se ganha rouba-se Pois, roubo tempo para escrever isto sem saber porque Roubo um tempo sem dono, no abandono, para escrever que escrevi da morte, do amor, dos sonhos, do próprio tempo, do pessimismo Impossível tirar do infinito, nada lhe falta, já duvido se roubo Roubo da coisa, para falar da mesma coisa Roubo de alguém que me paga o tempo. E infinito se compra? Compra-se infindamente Compra infinita, venda infinita Roubo para mostrar a desilusão sentida quando disseram-me “ the life isn’t it” Roubo para lembrar os críticos que para nada servem, dizendo da frase em inglês colocada Roubo até para dizer que roubo Roubo de você que lê sobre o roubo meu. Roubo a tinta e o papel. E eu que pensei que roubava só o tempo Roubo o leite do recém nascido Roubo da natureza, sua beleza, Para enfeitar minha casa Roubamos mais, bem mais, do que imaginam...